sexta-feira, 2 de novembro de 2012

PRA VOCE QUE GOSTA DE BERBER NÃO IMPORTA A BEBIDA...



Bebidas clandestinas têm metanol, cobre e substância cancerígena, diz estudo da Unifesp 30/10/2012 - 19h51 | do UOL Notícias Aumentar tamanho da letra Diminuir tamanho da letra Compartilhar Imprimir Enviar por e-mail Comente Patricia Stavis/Folha Imagem Estudo da Unifesp mostra que bebida clandestinas, como cachaça de alambique, contém substâncias tóxicas para a saúde Fernanda Cruz Da Agência Brasil, em São Paulo Uma pesquisafeita com amostras de bebidas alcoólicas clandestinas, como cachaças de alambique, uísques falsificados e licores artesanais, apontou a presença de substâncias tóxicas como cobre, metanol e carbamato de etila. O estudo foi feito em sete municípios de São Paulo e Minas Gerais pelo Cebrid (Centro Brasileiro de Informações sobre Drogas Psicotrópicas), da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo). Além do Brasil, participaram da pesquisa países como Rússia, China, Índia, México e Sri Lanka.Os resultados foram apresentados nesta terça-feira (30) durante um simpósio sobre o assunto em São Paulo. Para as análises brasileiras, foram consideradas 65 amostras de bebidas (51 somente de cachaças) colhidas nas cidades de São Paulo e Diadema, na região metropolitana de São Paulo, durante o ano de 2010. Dessas, 61 foram obtidas entre consumidores e vendedores informais. O restante foi pego diretamente com produtores. "Coletamos, principalmente, as [bebidas] que achávamos que eram falsificadas. Quando tinham rótulos, não tinham selo de garantia do Ministério da Agricultura e os preços eram muito baixos", explicou Elisaldo Carlini, professor do Cebrid e coordenador do estudo. Outras 87 amostras (63 apenas de cachaças) foram obtidas em cinco cidades de Minas Gerais, entre elas a capital Belo Horizonte, além de cidades famosas pela produção da bebida, como Passa Quatro e Salinas. As bebidas foram colhidas entre 2011 e 2012, em bares e festas e com vendedores de rua. Ver em tamanho maior Veja mitos e verdades sobre drogas Foto 22 de 24 - Fumar provoca câncer; álcool não? MITO: "O álcool é o segundo fator de risco modificável para cânceres, só fica atrás do cigarro", alerta Thiago Marques Fidalgo, psiquiatra do Hospital A.C.Camargo. Os fatores "modificáveis" são os que advêm dos hábitos das pessoas; os demais são fatores genéticos. "O perigo do cigarro é muito divulgado, mas os efeitos tóxicos do álcool podem provocar câncer por onde ele passa: boca, pescoço, cordas vocais, esôfago, fígado, intestino", diz o médico. Quanto maior o consumo, maiores os riscos Mais Shutterstock Bebida com metanol e cobre De acordo com Carlini, um dos elementos tóxicos encontrados nas amostras foi o metanol, tipo de álcool altamente tóxico e que, se ingerido, pode causar cegueira e até levar à morte. Entre as amostras mineiras, em 25 do total de 87 garrafas foi encontrado metanol, mas nenhuma das amostras ultrapassou o limite permitido de 200 partes por milhão (ppm), disse Carlini. Das amostras paulistas, 24 das 54 que foram levadas para análise apresentaram o álcool tóxico, mas apenas uma amostra de vinho registrou índice acima do limite legal. Outro elemento presente nas bebidas foi o cobre, que pode prejudicar a absorção de minerais no organismo. O elemento foi encontrado em 11 amostras de São Paulo e em 15 das mineiras. Algumas estavam muito acima do limite legal, de 5 ppm, chegando a 26 ou 27 ppm. O carbamato de etila, um agente cancerígeno, também estava presente em 65 das 87 bebidas de Minas Gerais. “Em algumas amostras, [a concentração] era tão grande que dava para saber que estava exagerado”, concluiu o pesquisador. Outra irregularidade constatada foi que a concentração alcoólica de 27 das 51 amostras de cachaça de São Paulo e de 30 das 63 amostras de cachaça de Minas Gerais ficaram abaixo do que determina a lei. "Ficamos surpresos. Não sabemos se isso é ruim ou se é bom, nós só sabemos que não está legal." Consumo de álcool Além de analisar as bebidas, o estudo ouviu 430 adultos do Estado de São Paulo e 564 de Minas Gerais. Os participantes eram, majoritariamente, homens com idades entre 18 e 30 anos e nível de escolaridade entre nível médio e superior. A maioria dos entrevistados, 60,1% dos mineiros e 96,3% dos paulistas, declarou consumir álcool. O tipo de bebida mais frequente foi a cerveja, seguido pelo vinho. A cachaça ficou em terceiro lugar como a mais consumida em Minas Gerais e em quarto entre as preferidas dos paulistas. As razões apontadas pelo estudo para o alto consumo da cachaça foram o preço baixo e o fácil acesso à bebida. Comunicar erro Enviar por e-mail Compartilhar Link Comente no Facebook

Fonte internet http://noticias.bol.uol.com.br

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