ESPAÇO CONFINADO NO MEIO RURAL

Cursos de capacitação para espaços confinados no meio rural tiveram aumento na procura no Rio Grande do Sul. A atividade é importante por causa do risco de acidentes em locais como silos e armazéns. A empresa que promove o curso atua há mais de 15 anos no mercado, mas só agora consegue fazer este tipo de capacitação. A procura cresceu por causa da fiscalização do Ministério do Trabalho.
— A fiscalização do Ministério do Trabalho empurra e a tecnologia e a globalização também.  Ou seja, para determinadas atividades de exportação, se tu não estás adequado, tu estás fora do mercado — comenta a coordenadora do curso, Gabriela Espel.
No município de Capivari do Sul, a 90 km de Porto Alegre, uma empresa que trabalha com armazenagem de grãos solicitou o treinamento. Os alunos do curso, que dura cinco dias, são vigias e operadores da região.
— Risco tem todo dia. Se não tiver bastante cuidado estamos expostos a acidentes todos os dias. A gente sempre tem uma medida de se precaver e instruir a turma, como se cuidar para não acontecer as coisas, porque depois de acontecer não adianta, né? — diz o aluno Valtizalem Peixoto.
De acordo com os instrutores, a principal característica dos acidentes em espaços confinados é o alto índice de casos fatais. Em armazéns e silos, 90% das ocorrências acabam em morte. Em espaços confinados, geralmente, os grãos se modificam e emitem gases que podem causar desmaios nos trabalhadores.
— A primeira etapa do treinamento é mostrar que existe o risco e isso envolve mostrar possíveis acidentes que acontecem e trazer realidades de outros históricos que as pessoas que trabalham com isso não imaginam que possa acontecer. Trabalhamos primeiro com prevenção e depois, acontecendo uma emergência, o que se faz nessa emergência — explica o instrutor de resgate Tiago Santos.