Discutir
a relação ganhou sigla e um estigma. A famosa D.R. virou motivo de piada e
assusta casais –principalmente os homens. Está descreditada. O que é um grande
erro, segundo a psicóloga Pamela Magalhães, especialista em atendimento de
casais. "A comunicação tem de fazer parte do relacionamento para reforçar
o vínculo amoroso", afirma. A conotação negativa da D.R., para a psicóloga
Beatriz Helena Paranhos, é o resultado da banalização do diálogo. "As
pessoas estão cada vez menos disponíveis para compartilhar", diz a autora
do livro "Laços e Nós – Amor e Intimidade nas Relações Humanas"
(Editora Ágora). "Mas a expressão também está relacionada às discussões
infrutíferas, nas quais cada um quer apenas falar, sem estar disposto a
ouvir". É verdade que uma D.R. não é garantia de entendimento. Mas há
vários motivos para gerar curto-circuito –falta de bom senso é o principal
deles. Para o professor de Psicologia da USP (Universidade de São Paulo) Ailton
Amélio, especialista em relacionamento amoroso, não vale a pena conversar sobre
tudo, por se tornar desgastante. "Muita coisa se resolve com o tempo, principalmente
as pequenas diferenças", explica ele, que é autor de vários livros sobre o
tema, entre eles, "Relacionamento Amoroso" (Publifolha). Na opinião
de Ailton, questões banais ganham amplitude quando são discutidas. Eis o ponto
nevrálgico da questão: um casal precisa entender que há diferenças entre eles,
mas nem por isso cada uma delas deve ser motivo de debate. "Todo mundo
quer ser feliz, mas nem tudo mundo aguenta a felicidade e acaba procurando
problemas", diz Pâmela.
A D.R. é necessária. Diálogos são fundamentais para aparar arestas, negociar, solucionar conflitos, conhecer o parceiro e a si mesmo e construir intimidade. "Mas não se pode confundir diálogo com uma lista interminável de queixumes", diz Beatriz. O ideal é se concentrar em um tema específico para que o papo seja construtivo. Outra recomendação é não conversar em momentos em que um dos parceiros esteja envolvido com alguma atividade que preza. Ao ser incomodada, a pessoa se torna menos aberta ao diálogo.
A D.R. é necessária. Diálogos são fundamentais para aparar arestas, negociar, solucionar conflitos, conhecer o parceiro e a si mesmo e construir intimidade. "Mas não se pode confundir diálogo com uma lista interminável de queixumes", diz Beatriz. O ideal é se concentrar em um tema específico para que o papo seja construtivo. Outra recomendação é não conversar em momentos em que um dos parceiros esteja envolvido com alguma atividade que preza. Ao ser incomodada, a pessoa se torna menos aberta ao diálogo.
O erro mais comum dos casais, no entanto, é iniciar a conversa acusando e
cobrando o outro. "Quando se ataca, um lado se sente ameaçado e,
naturalmente, tenta se defender, geralmente, partindo para a briga", diz
Pamela. Nesse caso, se aconselha a começar a D.R. falando de si, expressando os
próprios sentimentos. "Diga, por exemplo, que você está triste, não está
se sentindo bem", exemplifica a psicóloga. Para Beatriz, outro problema
entre casais é a posição defensiva de alguns parceiros, que acham que estão
sendo sempre cobrados, então, fecham-se e não querem ouvir. "Falar sem
ouvir ou ouvir sem falar aborta o diálogo e o encontro", diz a psicóloga.
Elas gostam mais de D.R As mulheres são mais adeptas de discutir a relação do
que os homens. Segundo Ailton Amélio, umas das razões apontadas para essa
diferença é que a mulher sofre mais com o mau relacionamento, por afetar várias
áreas da sua vida. "Diferentemente dos homens, que se incomodam menos com
os desentendimentos, as mulheres tendem a desenvolver problemas de saúde e
psicológicos", explica ele. Por outro lado, eles evitam as discussões,
pois demoram mais para se recuperar das alterações emocionais do que elas.
"Uma das hipóteses para isso é que as mulheres se recuperam de uma
discussão mais rapidamente para estarem preparadas para amamentar, uma vez que
o aleitamento pode se alterar em situações de estresse", conta Ailton
Tenha calma e não crie clima de agressão, crítica destrutiva ou acusação. A ideia é construir a relação, não encontrar culpados.
Leia mais em: http://noticias.bol.uol.com.br/entretenimento/2012/09/26/quando-vale-a-pena-discutir-a-relacao-siga-regras-simples-para-ter-uma-dr-construtiva.jhtm
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Ciça Vallerio
Do UOL, em São Paulo
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Tenha calma e não crie clima de agressão, crítica destrutiva ou acusação. A ideia é construir a relação, não encontrar culpados.
Leia mais em: http://noticias.bol.uol.com.br/entretenimento/2012/09/26/quando-vale-a-pena-discutir-a-relacao-siga-regras-simples-para-ter-uma-dr-construtiva.jhtm
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Fonte Internerte Ciça
Vallerio http://noticias.bol.uol.com.br
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