Seu chefe
não vai com a sua cara? Veja como contornar essa situação 29/10/2012 - 07h03 |
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Imprimir Enviar por e-mail Comente Orlando/UOL Se você tem problemas com seu
chefe, aja; não desabafe com colegas ou se envolva em fofocas Veridiana
Mercatelli Do UOL Depois de levar algumas patadas, você começa a desconfiar de
que seu nome não consta na lista das pessoas mais queridas por seu chefe.
Ele
(ou ela) parece sempre irritado quando você dá ideias em reuniões, te responde
e-mails de forma ríspida e, sempre que pode, critica seu trabalho gratuitamente
ou se apega a minúcias irrelevantes. "Se você acha que alguém o odeia e
está em um ambiente desagradável, é bom avaliar se realmente vale a pena ficar
neste trabalho", afirma a professora Tânia Casado, coordenadora do
Programa de Vida e Carreira (Procar) da FIA (Fundação Instituto de
Administração). Afinal, sentir-se acuado e hostilizado pode afetar diretamente
a sua produtividade e até a saúde. "É impossível trabalhar neste
clima", diz Andreza Santana, diretora de Marketing do Monster Brasil,
subsidiária brasileira do Monster Worldwide, empresa de recrutamento e
gerenciamento de carreiras online. "A gente sabe que a maior
responsabilidade de rotatividade de pessoal é do chefe. Ele dita até o clima
geral e tem uma influência colossal na vida de uma pessoa". Em outras
palavras, não importa muito o tamanho ou o nome da empresa em que você atua.
Dependendo da sua relação com o gestor, ela parecerá a melhor ou a pior
corporação para se trabalhar. Tânia Casado afirma que nem sempre é fácil fazer
amigos no trabalho. "Você escolhe seus amigos, mas não escolhe família nem
colegas de trabalho. O importante, então, é haver respeito de todos os lados e
não esperar que o trabalho supra as suas amizades", conta. Fato ou mania
de perseguição? Antes de se sentir a pessoa mais odiada do mundo, é importante
analisar a situação friamente: será que o chefe é desse jeito com todo mundo ou
só com você? Segundo Andreza Santana, sentir-se odiado pode ser reflexo de
problema de comunicação entre o subordinado e e seu superior. E é possível,
também, que o funcionário tenha mania de perseguição. Para saber se o problema
é você ou o chefe, não há outro jeito, a não ser usar o bom senso, fazer uma
autoavaliação e, claro, partir para o diálogo. Mas antes de sair perguntando
para o chefe se ele não vai com a sua cara, é bom ter argumentos, ou a conversa
pode soar um tanto infantil. "Vale fazer uma tentativa de alinhamento, sempre
com fatos muito concretos, como ‘percebi naquele dia que você não concordou
comigo e me expôs em frente aos meus colegas. Então, gostaria que você me
ajudasse, para saber como posso melhorar’", sugere Andreza. Jaqueline
Silveira, psicóloga, coordenadora de carreira e professora de Gestão de Pessoas
do IBMEC-MG, diz que quando o gestor se apega ao "detalhe do detalhe do
detalhe", demonstra que a crítica deixou de ser profissional.
"Relatório malfeito ou atrasos, por exemplo, são questões práticas e concretas.
Entretanto, as picuinhas, coisas pequenas que não têm nada a ver com a sua
atividade ou implicâncias repetitivas são sinais de que o chefe realmente não
tem simpatia pelo funcionário", diz a psicóloga. Alguns exemplos: quando
ele reclama que você não respondeu um e-mail cinco minutos depois de ele ter
enviado mensagem, controla se você está almoçando ou não, critica sua vida
particular, liga fora do horário de trabalho com cobranças exageradas, aponta
falhas e não dá soluções concretas para os problemas e fala sempre em tom de
crítica. "É preciso ter sensibilidade para perceber esses sinais",
diz Jaqueline. Papo sério Uma coisa é certa: quanto mais tempo durar essa
situação com o seu chefe, pior. Além do estresse, não é raro chegar a um estágio
ainda mais grave: o de assédio moral. "O número de pessoas que procura
advogados tem sido grande, mas o fato é que assédio moral é difícil de ser
provado. Você não pode gravar as conversas, por exemplo. Também é preciso ter
testemunhas, que quase nunca querem dar seu depoimento em um processo por medo
de perder o emprego", diz Jaqueline. Muitas vezes o assédio moral é
praticado às escondidas. Na frente dos outros, o tratamento é normal, e nem
sempre o chefe deixa a hostilidade registrada em e-mails. Mas ele sempre
encontra outras formas de demonstrar o desafeto. O importante, portanto, é não
deixar esse clima perdurar por muito tempo. Tome uma atitude. Resolva a
situação Você já sabe que levar essa história para frente não é saudável e as
consequências podem ser desastrosas para a sua carreira. Então, qual é o
remédio? As especialistas consultadas por UOL Comportamento dão dicas de como
encarar situação: - Diálogo é o primeiro passo, mas sempre de maneira
profissional, sem arrogância e, principalmente, sem se vitimizar. Pergunte ao
seu chefe em que pontos você pode melhorar. - "Puxar o saco" reverte
a situação? Nem cogite essa hipótese. Algumas pessoas se irritam com esta
atitude e a situação só piora, além de não ser boa para você. Elogie algum
trabalho em que ele tenha sido bem sucedido quando você tiver vontade, mas de
forma discreta e profissional. - Dê-se um prazo para resolver a questão. Se
nesse período a questão não se solucionar, procure outro emprego ou fale com
instâncias superiores. Durante esse prazo, sonde o mercado e outras áreas da
empresa (com muita discrição). Você pode encontrar uma vaga melhor. - Se o
clima estiver insustentável e você quer ficar na empresa, vale a pena conversar
com o RH sobre a situação ou o superior do seu chefe. Mas, antes, certifique-se
de que a organização em que você trabalha é aberta a este tipo de diálogo. Do
contrário, a atitude pode te prejudicar. - Evite desabafar com colegas e
envolver-se em fofocas corporativas. Não vai resolver seu problema e pode ser
um argumento a mais para as perseguições do seu gestor. A máxima de que a corda
arrebenta para o lado mais fraco é verdadeira. Comunicar erro Enviar por e-mail
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Fonte Internetehttp://noticias.bol.uol.com.br/entretenimento
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