A temporada de gripe intensa
deste ano nos EUA foi suficiente para fazer com que todos desejassem manter
distância de quem estava tossindo ou espirrando. Mas a distância de um braço
talvez não seja suficiente.
O senso comum diz que a gripe é transmitida
principalmente por meio de contato próximo com pessoas ou ao tocar superfícies
contaminadas. Um estudo recente de cientistas da Escola de Medicina Wake
Forest, entretanto, mostrou que pessoas gripadas podem lançar partículas de
vírus para bem mais longe do que se pensava: quase dois metros de distância.
Os pesquisadores analisaram 94 pessoas que foram
internadas em um hospital com uma doença que parecia ser uma gripe. Como parte
do processo de análise, os pesquisadores colocaram cada paciente em um quarto e
depois coletaram amostras de ar para procurar por partículas infecciosas.
Primeiro, os cientistas se certificaram de não
realizar procedimentos que pudessem espalhar os germes pelo ar, como reanimação
cardiopulmonar e intubação. Em seguida, eles avaliaram os sintomas dos
pacientes, incluindo tosses e espirros.
Dos 61 pacientes cujo resultado do teste de gripe
foi positivo, 26 liberaram no ar partículas do vírus. Um em cada cinco foi
considerado altamente transmissor, liberando em média 32 vezes mais partículas
de vírus que os outros. A quantidade de vírus também foi maior e os sintomas
foram mais graves nesses pacientes.
Quase dois metros
A equipe descobriu que a pessoa que fica a pouco
menos de dois metros de um indivíduo infectado "fica exposta ao vírus em
quantidades transmissíveis, principalmente através de pequenas partículas de
aerossóis".
Conforme observou o editorial que acompanha o artigo
no periódico The Journal of Infectious Diseases, isso ocorreu mesmo
quando os pacientes "ficaram quietos e não produziram aerossóis".
Com isso, conclui-se que é possível ser infectado
por pessoas gripadas mesmo que elas estejam a pouco menos de dois metros de
distância.
Veja sintomas, formas de
prevenção e outras informações sobre a gripe A (H1N1)13 fotos
O QUE É - A influenza A (H1N1) é uma
doença respiratória aguda (gripe), causada pelo vírus A (H1N1). Este novo
subtipo do vírus da influenza é transmitido de pessoa a pessoa principalmente
por meio da tosse ou espirro e de contato com secreções respiratórias de
pessoas infectadas. O surgimento da doença foi registrado inicialmente em 2009,
no México, e o vírus ainda circula no mundo todo.
TRANSMISSÃO
- O vírus é transmitido de pessoa a pessoa, principalmente por meio da tosse ou
do espirro e de contato com secreções respiratórias de pessoas infectadas. No
entanto, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), a principal forma
de transmissão não é pelo ar, mas sim pelo contato com superfícies
contaminadas. O vírus resiste de 24 horas a 72 horas fora do organismo.
SINTOMAS
- A febre acima de 38º é um dos principais sinais da gripe.
SINTOMAS
- Tosse e dificuldades respiratórias são outros sinais importantes que, somados
à febre, exigem que se procure o médico.
SINTOMAS
- Coriza, espirros, dor de garganta e sintomas gastrintestinais podem ocorrer
também.
SINTOMAS - Mal-estar, dor de cabeça, dores no corpo e nas articulações
também costumam acompanhar a gripe.
CONDUTA
- Pessoas com febre acima de 38ºC, tosse e dificuldade respiratória,
acompanhada ou não de dor de garganta ou manifestações gastrointestinais, devem
procurar o médico. Os profissionais de saúde devem estar atentos aos fatores de
risco, que são: idade inferior a dois anos ou superior a 60 anos,
imunodepressão (como em pacientes com câncer ou em tratamento para AIDS),
pacientes com hemoglobinopatias, diabetes mellitus, obesos (IMC > 35),
cardiopatas, pneumopatas, doentes renais e pacientes com outras condições
crônicas. O médico é quem define se o paciente deve ser testado para o H1N1 e
se deve receber antiviral.
TRATAMENTO
- A maioria dos casos se apresenta da forma leve e se cura com hidratação, boa
alimentação e repouso. Está indicado o uso do oseltamivir (Tamiflu), um
antiviral, para todas as pessoas que apresentarem a Síndrome Respiratória Aguda
Grave (SRAG) - febre acima de 38º, tosse e dificuldade de respirar (com ou sem
sintomas adicionais). Esses são os indivíduos que exigem hospitalização. Também
está indicado para os casos de pessoas que apresentem sintomas e façam parte do
grupo de risco ou que apresentem fatores de risco para complicação da doença,
com as mulheres grávidas. O ideal é que o medicamento seja administrado até 48h
após o início dos sintomas
PREVENÇÃO
- A vacina contra a gripe protege contra os três principais vírus que circulam
no hemisfério sul no ano anterior, entre eles H1N1. A imunização é oferecida
pelo governo para idosos a partir dos 60 anos, trabalhadores de saúde, crianças
entre seis meses e menores de dois anos, gestantes em qualquer fase da gravidez
e povos indígenas. Outros grupos podem recorrer à rede privada para se vacinar.
É importante que a imunização seja feita todo ano
PREVENÇÃO
- As máscaras descartáveis são indicadas para pacientes que apresentam os
sintomas, especialmente em hospitais e locais de aglomeração, para evitar a
transmissão do vírus.
PREVENÇÃO
- Higienizar as mãos com frequência é uma das principais para evitar o vírus,
já que a transmissão ocorre quando a pessoa tem contato com superfícies
contaminadas
PREVENÇÃO
- Medidas de higiene, como usar lenço descartável ao tossir ou espirrar, também
ajudam a controlar a proliferação do vírus
PREVENÇÃO
- Em locais com muita gente e pouca ventilação, a chance de transmissão é maior.
Fonte Internet Anahad O'connor ]The New York Times
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