sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

O FAMOSO BAFO DE JACARÉ PODE ATRAPALHAR VOCÊ NO NAMORO E NO AMBIENTE DE TRABALHO, SAIBA COMO EVITÁ-LO.



 Mau hálito é um daqueles assuntos constrangedores que dificilmente vem à tona. Mas, para quem apresenta o distúrbio, o ideal é encará-lo de frente, pois na grande maioria dos casos é possível resolvê-lo com medidas simples. “A higienização correta pode ser muito eficiente porque em mais de 80% das ocorrências o problema se origina na boca, e não no estômago”, afirma Hugo Roberto Lewgoy, mestre e doutor pela Faculdade de Odontologia da Universidade de São Paulo (FOUSP), professor titular de Clínica Integrada de Atenção Básica e Biomateriais da Uniban. Segundo o especialista, é normal ter mau hálito durante algumas horas do dia, porém não permanentemente. Quer dizer, tem que saber diferenciar a halitose fisiológica da patológica. A primeira se caracteriza por aquele cheirinho desagradável que quase todos os mortais apresentam quando acordam, relacionado ao metabolismo do corpo humano: ocorre em decorrência de uma leve hipoglicemia noturna (redução da taxa de açúcar) provocada pelo menor fluxo salivar durante o sono, aliada ao aumento da flora bacteriana. Ampliar Conheça alguns mitos e verdades sobre o mau hálito18 fotos 18 / 18 O mau hálito pode provocar muitos problemas emocionais. VERDADE: a simples presença de mau hálito, apesar de não ter grandes repercussões clínicas para o indivíduo, pode provocar prejuízos emocionais. Os mais comumente relatados são insegurança ao se aproximar das pessoas, depressão, dificuldade em estabelecer relações amorosas, esfriamento do relacionamento entre o casal, resistência ao sorriso e à gargalhada, ansiedade, baixo desempenho profissional e debilidade da autoestima. O dentista Maurício Duarte conta que mais de 60% dos pacientes que buscam tratamento em sua clínica têm alterações severas de comportamento, com prejuízos para a vida social, profissional e afetiva. "Quanto mais tempo a pessoa sofre com o mal sem encontrar uma solução definitiva, mais estes problemas se agravam. O ideal é que o tratamento contemple a resolução da halitose em si e também a segurança, para que se recupere espontaneidade e naturalidade ao falar, autoconfiança e qualidade de vida" Leia mais Thinkstock Limpeza correta é fundamental Tal desconforto, no entanto, tende a desaparecer após a primeira refeição, seguida da limpeza dos dentes, das gengivas (com escovas interdental e dental convencional) e da língua (realizada com raspadores ou higienizadores linguais). “No caso patológico, é preciso procurar ajuda e recorrer a um tratamento especializado”, alerta Flávio Luposeli, cirurgião dentista especialista em estética do sorriso, pós-graduado pela Sociedade Paulista de Ortodontia, com mestrado pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). “Também é importante não fazer jejum prolongado”, completa Maurício Duarte da Conceição, pós-graduado em halitose pela Faculdade de Odontologia São Leopoldo Mandic, membro fundador e ex-presidente da Associação Brasileira de Halitose. LEIA MAIS Thinkstock Cerca de 30% dos brasileiros têm mau hálito; veja como não entrar nesta lista Quem avisa, amigo é A melhor forma de uma pessoa saber se tem mau hálito é perguntando a alguém íntimo. Um parente próximo ou um amigo verdadeiro podem ajudar, revelando o transtorno para quem o tem. “Mas é bom procurar alguém sério e de confiança, que não dará conotação pejorativa à pergunta”, aconselha Hugo Lewgoy. “Vale perguntar para um confidente em diferentes horários ao longo do dia”, completa Maurício Duarte da Conceição. Para aqueles que querem alertar, mas se sentem constrangidos, há uma alternativa. Quando se entra no site da Associação Brasileira de Halitose, logo uma caixa se abre perguntando: “Quer ajudar um amigo (a) que tem o hálito alterado?”. O programa, chamado SOS Mau Hálito, pretende alertar as pessoas sobre o distúrbio. você escolhe a forma de avisar ao amigo – por carta ou e-mail –, mantendo seu nome em sigilo.
O mau hálito pode provocar muitos problemas emocionais. VERDADE: a simples presença de mau hálito, apesar de não ter grandes repercussões clínicas para o indivíduo, pode provocar prejuízos emocionais. Os mais comumente relatados são insegurança ao se aproximar das pessoas, depressão, dificuldade em estabelecer relações amorosas, esfriamento do relacionamento entre o casal, resistência ao sorriso e à gargalhada, ansiedade, baixo desempenho profissional e debilidade da autoestima. O dentista Maurício Duarte conta que mais de 60% dos pacientes que buscam tratamento em sua clínica têm alterações severas de comportamento, com prejuízos para a vida social, profissional e afetiva. "Quanto mais tempo a pessoa sofre com o mal sem encontrar uma solução definitiva, mais estes problemas se agravam. O ideal é que o tratamento contemple a resolução da halitose em si e também a segurança, para que se recupere espontaneidade e naturalidade ao falar, autoconfiança e qualidade de vida.
Há diferentes tipos de halitose. VERDADE: existe a halitose esporádica ou fisiológica, que aparece em determinado momento do dia (geralmente logo após o despertar); e a crônica ou patológica, que é persistente e pode incomodar bastante. "Cerca de 85% das pessoas têm a primeira e apenas 15% a segunda. Ambas podem ser tratadas: a eventual com medidas simples de higiene e, se for preciso, orientação individualizada; e a constante com tratamento que mostrará resultados entre três e seis semanas", explica o cirurgião-dentista Hugo Roberto.
A pessoa sofre com mau hálito porque não faz uma higiene adequada. VERDADE: na grande maioria dos casos, o mau hálito tem origem na própria boca, principalmente na região localizada entre os dentes (interdental) e também na língua, que é um músculo revestido por papilas gustativas. Nestes locais, vão se acumulando alimentos e restos de células que descamam do epitélio lingual. Resultado: há proliferação de bactérias e fermentação de resíduos com odor desagradável. "A halitose é quase sempre causada pela ação da flora bacteriana natural sobre os itens que ingerimos. Há mais de 600 tipos de bactérias na cavidade oral, muitas delas capazes de produzir gases com cheiro", salienta o cirurgião-dentista Flávio Luposeli.
Problemas nas gengivas detonam o cheiro ruim na boca. VERDADE: a prevenção de doenças periodontais, como gengivite e periodontite, é uma das melhores formas de se evitar o mau hálito. Para isso, insiste o dentista Hugo Lewgoy, deve-se usar corretamente a escova interdental. "No espaço entre dois dentes, posicione a escova de forma inclinada em direção à gengiva, junto ao chamado colo do dente. E não é preciso fazer movimentos repetitivos de vai e vem, apenas inserir e remover a peça sem uma escovação forçada. Tudo de forma delicada, com pressão suave. O ideal é fazer isso diariamente. Nos espaços muito apertados, substitua pelo fio dental.
O mau hálito é proveniente do estômago. MITO: a halitose proveniente do estômago é uma condição rara, embora a maioria das pessoas acredite ter halitose porque sofre com gastrite. "O que ocorre é que os pacientes com gastrite têm uma redução do fluxo salivar e, consequentemente, maior possibilidade de formação da saburra lingual", explica Hugo Lewgoy, acrescentando que o mau hálito de origem estomacal só é comum em episódios como vômito, regurgitação ou arroto.
Para não ter mau hálito é preciso higienizar os dentes e a língua. VERDADE: a higienização oral não se limita apenas ao hábito de escovar os dentes. "A utilização de escovas interdentais e de raspadores plásticos para a língua são imprescindíveis", insiste Hugo Lewgoy. Os limpadores linguais, por exemplo, precisam ser utilizados diariamente para remoção da saburra: eles podem ser duplos (com duas lâminas) ou simples (com uma lâmina), com a parte ativa mais estreita ou mais larga, com ou sem ranhuras. "É bom frisar que o movimento de limpeza deve seguir da região posterior para a anterior, sem muita pressão para não causar ferimentos. Esta é a ação mais importante e efetiva para combater o mau hálito e as diferenças poderão ser notadas logo após as primeiras aplicações". Apesar de existirem várias causas para o mau odor oral, cerca de 60, acredita-se que 90% dos casos são consequência de restos alimentares "esquecidos" na boca, conforme revela Flávio Luposeli. Para uma higienização mais profunda, a única forma de remover a placa bacteriana e o acúmulo de tártaro é com raspagem e polimento realizado por profissional especializado.
Jejum prolongado altera o hálito. VERDADE: ficar muito tempo sem comer provoca um mecanismo semelhante ao gerado no período de sono. "O corpo precisa produzir energia constantemente e, em períodos de jejum, há pouca glicose disponível como combustível. O organismo passa, então, a queimar gorduras, o que leva à produção de corpos cetônicos, substâncias com odor forte que são eliminadas pelos pulmões", explica Flávio Luposeli. "A privação de comida também aumenta a formação da saburra lingual porque, durante a alimentação, o ato de deglutição e a própria passagem de resíduos pela língua auxiliam na remoção mecânica dessa placa bacteriana", diz Hugo Lewgoy.
Enxaguatório bucal é bom para combater o cheiro ruim na boca. PARCIALMENTE VERDADE: a maioria dos produtos existentes no mercado não tem um efeito positivo sobre o transtorno. "E se o enxaguatório tiver álcool em sua formulação, agravará o problema devido ao ressecamento que provoca, aumentando a descamação celular, diminuindo o fluxo salivar e favorecendo a formação da saburra lingual", adverte Maurício Duarte da Conceição. Entretanto, dependendo da formulação do produto, é possível que tenha propriedades para combater o mau hálito. Mas o uso deve ser bem restrito, e preferencialmente prescrito por um dentista, pois só funcionará em casos específicos.
O mau hálito é um problema sem cura. MITO: o distúrbio tem tratamento em aproximadamente 100% dos casos. "Porém, é essencial entender que, para não ter mais halitose, o indivíduo terá que adotar novos hábitos de higiene, de alimentação e de vida, para sempre", alega Maurício Duarte. O acompanhamento e a orientação de um cirurgião-dentista especializado não devem ser dispensados. "Em casos mais graves, atingir a cura pode demorar um pouco, porém, sempre existe a possibilidade de controle do problema durante a fase de tratamento. Desde que diagnosticado e cuidado corretamente, ele será totalmente eliminado", garante Hugo Lewgoy.
Balas e chicletes disfarçam o distúrbio. MITO: eles mascaram o mau hálito por períodos muito curtos e algumas vezes até agravam o problema. "Por exemplo, produtos que contenham açúcares acabam servindo como fonte de energia para os micro-organismos responsáveis pela halitose", salienta Hugo Lewgoy. A automedicação e o emprego de fórmulas caseiras também devem ser evitados.
Quem trata a disfunção é o dentista. VERDADE: o diagnóstico deve ser realizado pelo cirurgião-dentista por meio da história clínica do paciente com a aplicação de uma anamnese detalhada, questionário de perguntas, avaliação de sintomas. A investigação inicial inclui o exame detalhado da boca, da língua e da parte dental, em busca de sinais de higienização precária, gengivites e periodontite, além da saburra lingual. Os métodos para o diagnóstico são modernos, com aparelhos que medem desde o fluxo salivar e o hálito até a quantidade de compostos sulfurados voláteis (CSV) na boca. "Em alguns casos, pode ser necessária a intervenção de outros médicos, como otorrinolaringologista, fonoaudiólogo, psiquiatra e psicólogo", diz Maurício Duarte da Conceição.
Estresse causa o distúrbio. VERDADE: o nervosismo é um dos principais responsáveis pela halitose, pois o fator emocional pode ter relação direta com a diminuição ou até interrupção do fluxo salivar. "A falta de salivação e a boca seca (xerostomia) aumentam a descamação das mucosas, diminuem a autolimpeza da boca e favorecem a halitose pela maior liberação dos compostos sulfurados voláteis", destaca o cirurgião-dentista Hugo Lewgoy. "A atividade das glândulas salivares depende, entre outros fatores, do equilíbrio do sistema nervoso central", completa o dentista Flávio Luposeli, acrescentando que pessoas estressadas em geral têm alimentação desbalanceada e intervalos muito longos entre as refeições, agravando o quadro. "É possível que tais indivíduos sofram, ainda, do que chamamos de antiperistaltismo esofágico: parte da saliva engolida volta para a parte de trás da língua e ali permanece grudada, facilitando a aderência de células mortas e restos alimentares.
Há pastas de dente que resolvem o problema. MITO: elas são apenas coadjuvantes na higiene da boca e, da mesma forma que os antissépticos, oferecem uma sensação momentânea de hálito fresco e agradável. Porém, tal efeito se perde em um curto espaço de tempo.
Se eu sinto gosto ruim na boca, é porque estou com mau hálito. MITO: "Na halitose patológica, normalmente o portador não percebe o problema porque as células olfatórias se adaptam ao odor por tolerância. Quer dizer, em pouco tempo o paciente se acostuma ao próprio mau hálito e não consegue reconhecê-lo sozinho", assegura Hugo Lewgoy, enfatizando que é fundamental procurar um profissional de confiança e falar abertamente sobre a questão.
A alimentação interfere no odor da boca. VERDADE: o mau hálito pode ocorrer de forma transitória com a ingestão de carnes muito gordurosas, frituras, repolho, brócolis, couve-flor, alho, cebola e pimentas. "No caso do alho, um dos gases produzidos pela digestão é absorvido pela circulação sanguínea, sendo eliminado pelos pulmões. Por isso, após a ingestão, o hálito ruim permanece por horas mesmo após a escovação", explica Flávio Luposeli. "É recomendável dar preferência ao leite desnatado e ao queijo branco ou ricota, evitando-se bebidas alcoólicas e fumo durante o tratamento. E, ainda, ingerir água e carboidratos", completa o dentista Hugo Lewgoy. Refeições ricas em cenoura, maçã e outros itens fibrosos auxiliam na autolimpeza dos dentes e da linha das gengivas.
A melhor forma de saber se tenho hálito ruim é perguntando a alguém próximo. VERDADE: um parente próximo ou um amigo verdadeiro podem ajudar, revelando o transtorno para quem o tem. "Mas é bom procurar um profissional sério e de confiança, que não dará conotação pejorativa à consulta", aconselha o dentista Hugo Lewgoy. "Vale perguntar para um confidente em diferentes horários ao longo do dia", completa Maurício Duarte da Conceição.
A falta de saliva na boca é um dos fatores que provocam o problema. VERDADE: a diminuição ou parada total da salivação está diretamente relacionada à existência de halitose. "Nestes casos, será necessário algum tratamento que restabeleça o fluxo salivar e/ou utilização de substâncias lubrificantes que se comportam como uma saliva artificial", diz o cirurgião-dentista Hugo Lewgoy. "O ressecamento bucal pode ser detonado por inúmeros fatores como ronco, respiração bucal, obstrução nasal e estresse excessivo e contínuo. E, ainda, como efeito colateral de remédios do tipo ansiolíticos, antidepressivos, moderadores de apetite, calmantes, anti-hipertensivos e antialérgicos", complementa Flávio Luposeli.
Há pessoas que sofrem de halitofobia: medo extremo de sofrer de mau hálito. VERDADE: o curioso em relação ao mau hálito é que os portadores não conseguem perceber o odor desagradável que exalam, observa o cirurgião-dentista Hugo Lewgoy. São os outros que notam e ficam constrangidos em avisar ou, em alguns casos, acabam dando alguma conotação pejorativa ao fato. "A falta de cuidado com a higiene oral na idade escolar, aliada ao emprego de apelidos relacionados ao mau hálito, também detonam esta condição de halitofobia". Também pode ocorrer a halitose psicogênica, ou seja, aquela em que o indivíduo acha que tem a disfunção, mas, na realidade, não a apresenta. Em ambos os casos, o acompanhamento psicológico é fundamental.
O mau hálito pode provocar muitos problemas emocionais. VERDADE: a simples presença de mau hálito, apesar de não ter grandes repercussões clínicas para o indivíduo, pode provocar prejuízos emocionais. Os mais comumente relatados são insegurança ao se aproximar das pessoas, depressão, dificuldade em estabelecer relações amorosas, esfriamento do relacionamento entre o casal, resistência ao sorriso e à gargalhada, ansiedade, baixo desempenho profissional e debilidade da autoestima. O dentista Maurício Duarte conta que mais de 60% dos pacientes que buscam tratamento em sua clínica têm alterações severas de comportamento, com prejuízos para a vida social, profissional e afetiva. "Quanto mais tempo a pessoa sofre com o mal sem encontrar uma solução definitiva, mais estes problemas se agravam. O ideal é que o tratamento contemple a resolução da halitose em si e também a segurança, para que se recupere espontaneidade e naturalidade ao falar, autoconfiança e qualidade de vida.

Fonte Internet noticias.bol.uol.com.br/ciencia/2013/02/18/causas-do-mau-halito.

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