A prática de exercícios regulares no ambiente de trabalho
auxilia no combate ao desgaste emocional e melhora o relacionamento
interpessoal dos trabalhadores, segundo especialistas. A ginástica laboral
consiste em uma série de exercícios, desenvolvidos geralmente no meio da
jornada de trabalho, com o objetivo de quebrar a rotina de movimentos
repetitivos e auxiliar na prevenção de lesões. A fisioterapeuta Letícia
Oliveira Penaroti afirma que, além de ajudar em uma reeducação corporal, a
prática da ginástica laboral diminui o surgimento da LER (Lesão por Esforço
Repetitivo). “Dentro dessa síndrome, existem milhares de doenças: tendinite,
tenossinovite, síndrome do túnel do carpo, bursite, entre outras”, explica. “Com
a ginástica, elas diminuem”. Ver em tamanho maior Veja 11 dicas de exercícios
de ginástica laboral Foto 5 de 11 - Puxe sua perna para trás e tente segurá-la
por 10 segundos; faça o mesmo movimento com a outra perna. Você também pode
usar uma mesa como apoio para colocar sua perna bem reta; tente segurar a ponta
do pé com uma mão. O fisioterapeuta Daniel Claret lembra que é importante ter a
supervisão de um profissional da área para analisar as musculaturas e
articulações sobrecarregadas Mais Leandro Moraes/UOL A ginástica laboral
melhora também a condição física e psicológica dos funcionários e o aumento da
integração entre as equipes. “Ela aproxima pessoas que você, talvez, nem sabia
o nome direito. Com isso, a ginástica melhora não só o relacionamento profissional,
mas pode transformá-lo em uma relação particular, humana”, analisa Daniel
Claret, fundador da Health Pro, empresa especializada em oferecer programas de
saúde. Letícia explica que, com a norma reguladora 17, o Ministério do Trabalho
estabeleceu parâmetros para que essa adaptação das condições de trabalho às
características psicofisiológicas dos funcionários acontecesse. Claret acredita
que, de alguma forma, a ginástica laboral atua nas pessoas, relaxando a cabeça,
o corpo e a musculatura como um todo, ajudando-as a desempenhar melhor suas
funções. A introdução da prática de exercícios também beneficia os
empregadores. “Para a empresa, além de reduzir o número de faltas, aumenta a
motivação dos funcionários e isso faz com que eles acabem produzindo mais”,
analisa Paulo Roberto Benício, fisioterapeuta e dono da empresa FIT
(Fisioterapia Integrada ao Trabalho). Benefícios Os exercícios aplicados aos
trabalhadores dependem do tipo de esforço a que estão condicionados. “Em um
local onde o funcionário carrega bastante peso, como em uma fábrica, o maior
número de lesões é por distensões musculares. Nesse tipo de empresa, a
ginástica é mais voltada para o aquecimento”, conta Benício. Para esses
profissionais, os exercícios devem ser mais dinâmicos, pois buscam aquecer as
articulações e a musculatura, como o polichinelo. Já para quem está
condicionado a uma sobrecarga mais estática, como quem trabalha em escritório,
o fisioterapeuta afirma que os exercícios devem ser de alongamento, estimulando
mãos, braços, ombros e coluna cervical. Quanta à duração, Claret considera três
vezes por semana uma média ideal. Realizada apenas uma vez por semana, a
atividade passa a ser contraproducente. “Se o empregador quer apenas uma vez, é
preferível que leve uma pessoa para fazer uma massagem rápida”, avalia. “Vai
ser mais aceito pelos funcionários e terá um efeito muito maior”. Benício
acrescenta que cada alongamento deve ter entre 10 e 15 segundos, uma vez que o
objetivo dos exercícios não é aumentar a flexibilidade do músculo, mas sim
“distensionar” a musculatura.
Fonte Internet noticias.bol.uol.com.br/ginastica-laboral
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