O fim do ano é uma
boa época para renegociar dívidas. De olho no pagamento do 13º salário, bancos
e lojistas costumam facilitar o pagamento para ajudar o consumidor endividado a
limpar o nome e voltar às compras. Em São Paulo, um mutirão de renegociação é
realizado até sábado (8). Na ânsia de tirar o nome dos cadastros de proteção ao
crédito, porém, muitos consumidores cometem erros que não só tornam aquela
dívida muito cara como podem, no futuro, inviabilizar seu pagamento. Ver em
tamanho maior Limpe seu nome, mas evite erros ao negociar dívidas.
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COMPROMETER TODA A RENDA COM DÍVIDAS - É natural que quem tem dívidas queira
sair delas o quanto antes. Mas a planejadora financeira Rosário Pujado alerta:
quem compromete uma parte muito grande da renda com as parcelas dificilmente
consegue pagá-las. O ideal, diz ela, é que as dívidas (todas elas, incluindo
prestação da casa própria) correspondam a no máximo 30% do salário líquido do
consumidor Mais Marcelo Justo/Folhapress Deixar de considerar o prazo de
pagamento e os custos que estão embutidas na dívida são alguns desses erros,
aponta o economista Samy Dana, professor da FGV. "Às vezes a taxa
oferecida em uma negociação é até baixa, mas o pagamento será feito por um
prazo muito mais longo do que o necessário. É melhor uma dívida de um dia com
100% de juros do que uma dívida de um ano com 95% de juros", exemplifica o
economista. Além do prazo longo de pagamento, as tarifas embutidas no
financiamento, assim como os impostos e os seguros, podem tornar a prestação
mais alta. "É preciso computar todos esses custos", diz Dana.
Consumidor tem a ilusão de que amanhã 'dará um jeito' Os endividados se
tornaram alvo recorrente de instituições financeiras neste ano, mas deixar-se
levar pela publicidade de alguns produtos pode ser outro erro, diz a
planejadora financeira Rosário Pujado, sócia da Practa Educação Financeira.
Linhas de crédito contratadas sem necessidade de comprovação de renda
(destinadas a quem está com o nome sujo), título de capitalização que sorteia
dinheiro para pagamento de dívidas e empréstimo que permite ao consumidor
"pular" uma parcela estão entre as opções oferecidas no mercado.
"Muitos consumidores têm a ilusão de que hoje estão apertados, mas amanhã
conseguirão 'dar um jeito' na dívida. Isso nunca acontece", diz Rosário
Pujado. Empolgar-se com a possibilidade de limpar o nome e comprometer uma
parte muito grande da renda com o pagamento da dívida é outro problema apontado
por ela. "É preciso tentar chegar a um acordo viável. De maneira geral,
nunca se deve comprometer mais do que 30% da renda com o pagamento das dívidas.
E não 30% do salário que aparece no holerite, mas do salário líquido."
Dentro desse limite de 30% devem ser consideradas todas as dívidas,
incluindo-se aí a prestação da casa e do carro, por exemplo. O que sobra é o
dinheiro necessário para o pagamento das despesas do dia a dia. De nada
adianta, também, tirar o nome do SCPC ou da Serasa e correr para fazer novas
compras a prazo. Esse é um dos erros apontados pelo educador financeiro
Reinaldo Domingos. "É preciso reservar dinheiro para o pagamento da
parcela. Sair das dívidas é o sonho de muita gente, e é preciso
priorizá-lo."
Fonte internet Comente Aiana Freitas Do UOL São Paulo
Fonte internet Comente Aiana Freitas Do UOL São Paulo
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